UFRJMar: Semeando UFRJMar em Paraty
Realização: Novembro de 2007, em Paraty
Em novembro de 2007 foi realizado o “Semeando UFRJ Mar em Paraty”, uma versão reduzida do Festival UFRJ Mar, que há seis anos leva a produção acadêmica para cidades litorâneas, afastadas dos grandes centros urbanos, onde a presença da universidade pública costuma ser rarefeita ou mesmo nula. A data pode ser considerada o marco da aproximação entre a universidade e a população local.
Em julho de 2007, a Associação Casa Azul e a Prefeitura de Paraty procuraram a UFRJ com o objetivo de planejar atividades que viabilizassem uma presença definitiva da instituição no município. A proposta coincidia com a estratégia de interiorização da universidade, a qual norteia as ações do Núcleo Interdisciplinar UFRJ Mar.
O “Semeando…” mobilizou cerca de 200 alunos, funcionários e professores da UFRJ, os quais realizaram/coordenaram mais de 30 oficinas, seminários e palestras. Participaram do evento mais de 4000 pessoas da cidade, sobretudo alunos e professores da rede municipal de ensino.
Desde então, outros dois seminários (em dezembro de 2007 e em abril de 2008) foram promovidos na cidade. O primeiro teve o foco na produção cultural de Paraty e incentivo à criação do Conselho Municipal de Cultura.
O segundo seminário objetivou levar resultados preliminares à população, com a apresentação de um pré-diagnóstico sobre a cadeia produtiva da pesca, o turismo náutico e a construção de embarcações, além de um levantamento inicial sobre a produção cultural. Visou também a reunião de diversos grupos locais para discutir caminhos para a construção de um diagnóstico participativo, criação de políticas públicas, desenvolvimento de redes de economia solidária e definição de eixos prioritários de intervenção, com a presença de representantes da UFRJ (do Núcleo Interdisciplinar UFRJ Mar, do Núcleo de Solidariedade Técnica, da Pró-Reitoria de Extensão e da decania do Centro de Tecnologia), do Ministério da Cultura e da Secretaria Nacional de Economia Solidária.
Do diversificado grupo local – representantes da comunidade caiçara, do quilombo, do Instituto Náutico, dos produtores de farinha artesanal, das senhoras que fazem os artigos de decoração das festas religiosas, dos alambiqueiros, dos artesãos da madeira, dos cirandeiros, de escolas afastadas do Centro Histórico, do IAP, da colônia de pescadores Z18, da prefeitura e diversas secretarias – e entre uma pluralidade de demandas, foi eleita como prioritária a criação de um colégio politécnico, administrado em consórcio por prefeitura e UFRJ, que será o centro irradiador de uma série de outras intervenções na cidade, seguindo a lógica do ensino-pesquisa-extensão, como seminários, cursos de capacitação e eventos.